Já devo ter falado sobre isso aqui, mas vamos lá.
Dizem que bebês/crianças gostam de rotina, regras, rituais. Tá, não é que elas gostem-gostem, mas elas tornam-se seres humanos mais controláveis sob o efeito 3R.
Aqui em casa, verificamos isso várias vezes com o Vivi, que é totalemte do tipo “combinou tá combinado”. Às vezes até me surpreendo com tamanha disciplina. “mamãe!!! A gente esqueceu de escovar meus dentes depois do lanchinho!”, ou então “mas eu não posso comer isso antes do almoço, né?!”. Claro que vez por outra ele joga o verde e tenta transgredir as regras, mas o bacana é que uma vez que a regra entra na rotina, o default é seguir o ritual.
Com baby Nick é a mesma coisa.
O pequeno cedo, cedo, começou a curtir as regrinhas e muito embora ele ainda não fale, se faz entender muito bem. Por exemplo, quando vai chegando a hora de alguma refeição, ele não pensa duas vezes, entra no piloto automatico, abre sua gaveta na cozinha, pega seu pratinho e fica atrás de mim “falando”, mostrando o prato e, dependendo do nível da fome, até gritando. Quando ele vê que eu tô me movimentando, vai em direção ao cadeirão, pedindo pra sentar (nem adianta tentar dar comida pra ele em outro lugar, não funciona). Uma vez sentado, imediatamente começa a procurar pelo cinto que o prende à cadeira e ai de mim se não abotoar o dito-cujo, é briga na certa. Em seguida, pede pelo babador, aí, queridos, é bom que a comida esteja em frente a ele, senão o auê é daqueles! O mais interessante é que ele só aceita tirar o babador e sair da cadeira quando está completamente satisfeito (almoço+suquinho+sobremesa).
Infelizmente, também já aprendeu direitinho a mostrar quando não quer mais e o faz do jeito mais nojento possível: aceita a colherada, mastiga um pouco, põe na mão e joga longe – um príncipe-ogrinho.
E na hora de dormir? Ele acha que a poltroninha do quarto de dormir é exclusivamente dele. Noutro dia, o papai Mauricio teve a audácia de sentar-se ali pra contar a estorinha da noite pro Vivi – pra quê? Nikito quando entrou no quarto e avistou um intruso em sua poltrona, largou minha mão e deu um ataque, apontou muito bravinho pro pai e reclamou indignado – afinal de contas, ora essa, a poltrona está ali pra mamãe sentar com o bebê no colo, caramba :). Ritual é ritual.